segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Filha pródiga: casquinha de siri

As minhas filhas e o meu neto  estão chegando de fora, para um reencontro sensacional, coincidente com as festas de fim de ano. Agora, neste exato momento, estou ligada mesmo é na volta, prevista para a próxima sexta, da minha mais velha. Uau que delícia!. Muitos projetos, muitas mudanças, muitas alegrias!

Desculpa certa e hora exata para dar uma geral no lar a fim de recebê-los, de acordo com o merecimento adequado. Aproveitei a deixa e consumi com toda pompa, sem dó, nem piedade e nenhuma culpa. Vai daí que nestes últimos dias, tenho feito de tudo um tanto para revitalizar o meu lar: limpei, transformei, organizei, transferi e substitui as tranqueiras, minhas e de muitos outros donos, façanha essa pesada, incluindo até a ação de carregar um piano, literalmente.

Aproveitando o momento e como uma boa mulherzinha que sou, mergulhei no consumo necessário e útil: comprei televisão LED, fogão gourmand, panelas e utensílios, cortinas, ombrelone, bolsa, carteira,cremes, encomendei maquiagens. E, sobretudo,  dei uma imensa revitalizada no espaço de lazer da minha casa, o meu pedaço mais importante.

Replantei, em vasos decentes, as orquideas esquecidas num mesmo canto e as dependurei em um local adequado e à altura delas. Retirei as cercas inúteis, que protegia as minhas plantas, dos meus cães já falecidos; enchi de beijos dobrados os meus canteiros áridos; plantei, no entorno de uma das minhas pilastras, a almejada rosa trapadeira branca, objeto do meu antigo desejo bucólico.

Depois de tudo isto, me sinto no éden. Vejam só nas minhas imagens abaixo:



Orquídeas em seus vasos...


Canteiro de beijos multicoloridos

Rosa trepadeira dos meus sonhos

E, claro, estou à toda, naquilo que eu mais gosto de brincar: a elaboração do cardápio da recepção da minha primeira filha, tendo como inspiração as preferências e as faltas paladares dela e a história de nos duas. Decidi na primeira noite, preparar uma comida baiana. É assim que escolhi como coqueluches principais o bobó de camarão (aqui) e a casquinha de siri. No dia seguinte, farei uma feijoada brasileira (aqui), tendo como entrada os deliciosos palmitos confitados (aqui) e o pão de queijo mineiro feito em casa, dentre outras delícias e ,no domingo: carne mineira na banha ( aqui) com farofa, e o cuscus paulista (aqui) de entrada. É meio misturado mesmo. E é assim mesmo que eu gosto de receber.

Para a casquinha de siri, eu refogo 1K de siri (ou caranquejo) já catado e desfiado ( pode ser do congelado, descongelado e lavado), em 1 cebola, 3 dentes de alho, meio pimentão vermelho picado, 1 pimenta dedo de moça sem sementes picadíssimas, tudo salteado em azeite. Depois de amolecida a carne, junto uma colher de sopa de azeite de dendê, um vidro de leite de côco, e o caldo de meio limão. Acerto o sal e salpico pimenta do reino moída na hora. Espero secar um pouco e disponho tal mistura, aos montes, em ramequins pequenos. À parte, misturo meia xícara de farinha de mandioca baiana, meia de pão esmigalhado, sal, pimenta e azeite. Cubro com tal farofa as forminhas com o refogado e levo para gratinar em forno quente (com grill ligado, se possível), até ficar dourado e com a casquinha crocante.  Sirvo, com uma boa pimenta malagueta e farinha de mandioca da boa torrada. A imagem de tal produção será postada em breve.

Aí, minha gente, é só saborear.

E para beber chopp e batidas de frutas da época (aqui) , em especial, as pitangas, as quais estão explodindo no meu jardim.

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