segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Valentes X Mentecaptos: Mantecatos espanhóis, a experiência...

Minha mãe sempre foi uma mulher de fibra, abnegada e determinada. Ela é que nem vinho maduro: quanto mais envelhece, melhor fica. Já fale dela aqui, mas não suficiente. Então, ainda falarei muito...

Confesso que eu quero ser como ela quando eu crescer e se ainda tiver tempo de vida para apreender as tantas coisas boas e divertidas que ela desenvolve .

Me pergunto: como é possível, hoje, uma mãe sobreviver bem e evoluir, mediante a criação das 6 filhas, de um apaixonante marido, cheio de carisma e ao mesmo tempo difícil de conviver no cotidiano da vida doméstica. Respondo: várias, todas elas de antigamente, que como ela conseguiram superar e prosseguir com a vida, primorosamente, a despeito de todas as dificuldades, dos problemas familiares, da vida difícil, enfim. Hoje eu acho isto quase que impossível!

Nestes meus momentos de perplexidade e impotência mediante a situação de uma amiga, que passa por um perrengue inimaginável ( para mim) com seu jovem filho, só poderia me mirar na mamãe, que atravessou tantos deles e atravessa, até hoje. Mas ela sempre superou todos e com a cabeça erguida.


Madona Litta de Da Vinci

Então pensando nessas fortes mães, vou homenagear a minha amiga, efetuando uma pesquisa, com direito a experiências práticas (até chegar no ponto certo), sobre os maravilhosos biscoitos Mantecatos. Tal receita, trazida por minha avó da Espanha( outra mãe de fibra), era o preparo preferido das quitandas dos lares da minha família. Contudo, a tradição de tal preparo, ficou perdida no tempo e na ausência progressiva de suas mulheres. Minha mãe preparava maravilhosos mantecatos, sem consultar qualquer escrito. Mas hoje, depois de tanto tempo sem o exercício de tal preparo, se esqueceu das medidas, embora se lembre dos ingredientes: banha, farinha de trigo, açúcar, sal, cachaça e erva doce.

Buscando lá no fundo dos meus conhecimentos culinários e me lembrando do sabor, da textura e da forma dos tais biscoitinhos preferidos da minha infância, arrisco a minha primeira experiência. Vou usar 250 g de banha gelada, amassada, com um garfo, com um copo de farinha de trigo, meio copo de açúcar, uma colher de sobremesa de erva doce, uma colher de chá de sal, de modo a obter uma farofa. Vou ajuntar duas colheres de sopa de cachaça (ou mais) até formar uma bola lisa. Levarei a geladeira por meia hora para descansar. Viu enrolar a massa, cortar e marcar com um garfo, como para um nhoque. Levarei ao forno quente (180graus) em forma untada com banha, por vinte minutos ou até dourar.

Bem, vamos ver se dá certo. Senão vou ajustando a receita e editando ela por aqui até dar certo. Eu creio que a minha memorável gulodice histórica vai me nortear no acerto deste preparo.

4 comentários:

  1. Olá ! Cláudia. Pergunta para tia Quelota que ela ainda deve saber de cor a receita dos deliciosos mantecados. Ela está morando na casa da Juliana em Ouro Branco. Abs. Maria Inês Bizzotto

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  2. M. Inês, a nossa querida Quelota não se lembra da receita, nem a minha mãezinha, que a dominava perfeitamente. Comprei os ingredientes e vou testando até conseguir chegar no ponto da minha lembrança. bj minha prima.

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  3. Olá!!!! Quando vc conseguir fazer o mantegado passe a receita para mim. Imagine que já fiz o biscoito com a mamãe e não guardei o papel onde anotei. Ou não sei onde guardei. Vou ler sempre o seu post aqui para anotar a receita. Bjs Maria Inês

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